Aproximadamente 9 meses antes da viagem nós começamos a pesquisar as passagens aéreas e na ocasião os preços estávam bem mais baixos, conseguimos até o valor de R$ 3.000,00 por pessoa ida e volta, entranto decidimos esperar mais um pouco para comprar até decidirmos se iríamos ou não seguir com a viagem.
Em agosto decidimos que iríamos mesmo! Então nós compramos as passagens do cruzeiro (que iremos falar mais adiante) e começamos a procurar novamente a passagem aérea através de websites de comparação de preços (Sky Scanner, Voopter, Kayak) e pelo site das prórias empresas.
Há várias companhias que fazer o trecho de São Paulo para Dubai como a Emirates, Ethirad, British Airlines, Air France, Turkish Ethiopian, entre outras. A maioria das empresas fazem vôos com escalas e a Emirates tem vôos diretos.
Ficamos muito tentados a ir de Emirates, pois vimos muitos comentários positivos, entretanto o valor era mais alto comparado a algumas outras, entretanto não era o mais alto de todos! Outras companhias aéreas tinham valores bem mais altos.
As companhias com preços mais competitivos eram a British e a Ethiopian, entretanto a Ethiopian era aproximadamente R$ 400,00 mais barata, o que fez com que escolhessemos a empresa. Claro que antes de fazermos a escolha nós fizemos algumas pesquisas sobre o serviço da companhia, que até então desconhecíamos, e os resultados eram bem positivos. Na verdade não vimos nenhum comentário negativo... Então optamos pela Ethiopian, mas infelizmente nossa experiência não foi das melhores.
Ethiopian Airlines
A empresa tem sede na Etiópia , na cidade de Addis Abeba, e lá são feitas as escalas. O vôo de São Paulo até Addis dura aproximadamente 13 horas e de Addis até Dubai o tempo é de 4 horas.
Compramos as passsagens através do próprio website da companhia (www.ethiopianairlines.com). Eles tem uma central de atendimento em São Paulo.
Vamos começar pelas vantagens:
- Preço: O valor é muito competitivo. Compramos as passagens com 3 meses de antecedência e o valor foi de R$ 3.600,00 por pessoa ida e volta.
- Bagagem: todos os passageiros podem levar até 2 bagagens de 32 kg cada uma.
- Aeronave: As aeronaves são Boinges 787-8 muito boas, todas novas e em bom estado. Todos os assentos possuem telas individual com muitas opções de filmes e entretenimento, com controles embutidos nos braços das poltronas. Os assentos são de tecido e com a inclinação padrão. Para vocês terem uma idéia as aeronaves são tão modernas que as janelas não possuem persianas, o escurecimento automático através de um botão.
Images do interior da aeronave
- Refeições: A empresa oferece lanches e refeições com opções de carne, frango e vegetariana. Também oferece café, sucos, refrigerante, cerveja e vinho (produzido na Etiópia).
Imagine do que tiramos foto.... do vinho é claro!
- Itens oferecidos durante o vôo: a empresa oferece fones de ouvido, cobertor, máscaras de dormir, escova e pasta de dentes, e meias (que são tão importantes e confortáveis em vôos longos)!
Nossos mimos da Ethiopian
- Custos da escala: Para escalas com mais de 12 horas a empresa oferece hospedagem, transporte até o hotel e refeição. É uma vantagem pois evita as longas esperas no aeroporto (principalmente de madrugada), entretanto os serviços oferecidos deixam um pouco a desejar (por isso esse tópico estará nas desvantagens também).
- Visto: a empresa oferece visto de entrada no país para escalas maiores que 12 horas, que pode ser obtido no aeroporto.
Desvantagens:
- Mau cheiro no avião: O mau cheiro no avião foi algo que realmente nos incomodou muito, a ponto de termos dificuldade em comer (e olha que não sou nem um pouco chata). Para vocês terem idéia as comissárias passavam diversas vezes durante o vôo espirrando “Bom ar” no avião.
- Infraestrutura do aeroporto: Este é um ponto que deixa muito a desejar. O aeroporto é bem pequeno, com estrutura precária e com poucas opções para quem precisa comer ou comprar algo. Os funcionários não estão tão preparados para receber os turistas. Ao chegarmos para retirar o visto pegamos 3 horas de fila, não sei de não tivemos sorte ou se é sempre assim!
Aeroporto de Addis Ababa
- Escala: Esta foi a parte mais chocante para nós. Sabíamos que a escala seria em um país pouquissimo desenvolvido e com muitas necessidades, entretanto por se tratar de uma capital, nós não imaginávamos que seria tão impactante.
Na ida nós fizemos uma escala de 2 horas, foi bem rápida e por isso mais tranquila. Na volta a escala durou 14 horas. Chegamos no aeroporto umas 19h, e até desembarcarmos e pegarmos o visto foram mais de 3 horas. Foi muito desorganizado, não tínhamos muita informação e ninguém respeitava as filas.
Filas enormes no aeroporto de Addis Ababa
Na saída do aeroporto eles nos direcionaram para uma van bem precária e sem nenhuma identificação, para nos levar até o hotel que era bem próximo ao aeroporto (uns 10 minutos). Ao chegarmos no hotel (ver nome) que superou negativamente as nossas expectativas. A alimentação que a empresa aérea dizia fornecer era muito ruim, não conseguimos comer. Tentamos sair na rua na frente do hotel, mas era um lugar muito escuro, sem nada perto e extremamente deserto, então pegamos uma água e fomos para o quarto. Parecia um daqueles hotéis antigos mal assombrados! As coisas estavam realmente caindo aos pedaços e não tinha água quente (depois ficamos sabendo que infelizmente essa é uma situação comum da cidade). No dia seguinte nós acordamos, não tomamos café, e fomos direto para o aeroporto na mesma van.
Saída do aeroporto
Toda essa situação do hotel, transporte, etc, apenas reflete a realidade do país. A Etiópia é um país extremamente carente, o que fez com que nós não tivessemos nem coragem de reclamar, pois sabemos que eles vivem nestas condições precárias diariamente. Da ida do hotel ao aeroporto, no trajeto de apenas 10 minutos, presenciamos cenas terríveis (de pessoas catando lixo, falta de energia eletrica, de saneamento). Como eu disse anteriormente, não sabemos se toda a cidade é desse jeito, mas por onde passamos era assim.
Baseada em sua experiência entendo que um voo com escala na Etiópia não é uma boa opção...porém há de se considerar o custo benefício.